quarta-feira, 13 de junho de 2007

As artes cruzam as histórias e vice-versa...




Poema pagão

Caminhar entre as rosas é fácil,
Correr atrás de você como criança desvairada também,
Você é a única criatura do mundo que ri dos meus disparates,
E por isso tenho certeza que você é realmente táctil.

Há corrente ação em nosso jardim,
Objetos estranhos a nós, não são mal recebidos,
Evitamos sempre o conflito que sangra,
A jornada é longa, parece sem fim,
Hoje eu relembro o quanto posso te dar,
Pois você sempre faz que me sinta hábil.

O tempo passa rápido e me despreza,
Cronus desvairado, era dos disparates,
Tudo acontece e nada mais é sonho,
Eu lembro que te vi sem esperanças,
Hoje as tem, pois começas a andar depressa,
Olha pro lado, estou a te querer bem,
Olhe pra trás, estou a te guardar.

O aroma nos invade nessa manhã,
A esperança por si refaz-se,
Sua mão é quente quando a ternura transborda,
Nada mais é impossível e o destino é um fio de lã,
Seu olhar brilha e reflete a alma,
Quero-te nesta terra fresca a entranhares sementes,
Brota tua força pela eternidade com pressa e com calma.

Sabe que é observada enquanto raios de sol lhe ofuscam o rosto,
Mostra tua alegria, tu e todos que te querem,
Nada mais importa àquele que reverbera felicidade,
Esse campo de terra fértil e fresca nos envolve antes do orvalho da manhã,
Sente o solo em seu pulsar, alegria do sol,
À noite; a lua – linda – nos transbordará de amor para um dia diferente.

Nenhum comentário: